Outros nomes: Perforina, células NK, Expressão de perforina em células NK, Marcador citotóxico NK, NK, perforina, Natural Killer, perforina
Não manusear;
Estabilidade da amostra:
Temperatura ambiente: não aceitável;
Refrigerada (2-8 ºC): 48h;
Congelada (-20ºC): não aceitável.
A expressão de perforina em células NK é avaliada por citometria de fluxo com marcação intracelular. Após a coleta do sangue periférico, as células NK (CD3?CD56?) são inicialmente identificadas por meio de marcadores de superfície. Em seguida, as células são fixadas e permeabilizadas, permitindo a detecção da perforina com anticorpos monoclonais específicos. A análise é realizada em citômetro de fluxo, possibilitando a quantificação da frequência e da intensidade de expressão dessa proteína em nível celular.
Normalidade: expressão de perforina acima de 66%
A avaliação da expressão intracelular de perforina em células NK (natural killer) por citometria de fluxo constitui uma ferramenta diagnóstica para a investigação da competência citotóxica do sistema imunitário inato. A perforina é uma proteína formadora de poros essencial para a lise de células-alvo.
A detecção de níveis reduzidos ou ausêntes de expressão de perforina é sugestiva da deficiência primária dessa enzima, a qual representa a principal causa de hemofagocitose linfohistocítica (HLH) primária. Além disso, alterações na expressão de perforina também podem ser observadas em outras condições clínicas, incluindo infecções agudas ou crônicas, neoplasias hematológicas e uso de imunossupressores. A análise é realizada por meio de marcação intracelular com anticorpos monoclonais específicos, após permeabilização celular, permitindo a quantificação da proteína em células NK.
Importante ressaltar que resultados isolados, especialmente em amostras únicas, devem ser interpretados com cautela. Algumas pacientes carreadores de variantes genéticas que não induzam à alteração estrutural da proteína (p. ex., missense), porém causadoras de perda funcional da mesma, podem apresentar expressão intracelular normal. Por outro lado, variantes genéticas que levam a alterações estruturais na proteína (p. ex., nonsense, frameshift, etc) podem não ser detectadas, caso o sítio mutante ocorra após o epítopo de reconhecimento pelo anticorpo utilizado no método. Dessa maneira, este exame isoladamente não é suficiente para confirmar ou excluir o diagnóstico de HLH, devendo ser interpretado em conjunto com dados clínicos e laboratoriais complementares.