"Sobre o exame:
- Este exame não se destina à finalidade forense (judicial).
- O cliente deve informar os tipos de produtos químicos aos quais esteve exposto nos últimos sete dias.
- Deve informar se foi exposto ao Metanol.

Interferente:
- A ingestão concomitante de bebidas alcoólicas aumenta ligeiramente a concentração do metanol."

"ATENÇÃO:
A amostra deve ser centrifugada, separada e congelada IMEDIATAMENTE após a coleta;

Este exame deve ser realizado SOMENTE em unidades que possam realizar o processamento, separação do plasma e congelamento da amostra IMEDIATAMENTE após a coleta.

PROCESSAMENTO:
- Centrifugar a 2200 g por 10 minutos a 4ºC;
- Aliquotar 4 mL de plasma em UM ÚNICO tubo de alíquota padrão;
!!Não aliquotar mais de 4 mL de plasma no tubo para evitar quebra do frasco durante o processo de congelamento, e diminuir a volatilidade da amostra!!
- Volume mínimo: 3 mL de plasma;
- ATENÇÃO: O laboratório de apoio que realiza o exame, NÃO aceita amostras separadas em 2 tubos e/ou com volume abaixo do volume mínimo informado acima;
- Encaminhar material CONGELADO ao LARI-LARN.

CRITÉRIOS DE REJEIÇÃO:
- Amostra com hemólise;
- Amostra refrigerada.

Estabilidade da amostra:
Temperatura ambiente: NÃO ACEITÁVEL;
Refrigerada (2-8 ºC): NÃO ACEITÁVEL;
Congelada (-20 ºC): 5 dias."

Cromatografia gasosa - HEADSPACE

"até 0,25 mg/dL
Concentrações tóxicas: maior que 20,0 mg/dL"

"Este exame tem utilidade na avaliação de exposição ocupacional ao metanol, que é um solvente amplamente utilizado na indústria química para a produção de tintas, resinas, lacas, adesivos e corantes, entrando ainda na composição de anticongelantes. Pode ser também um contaminante na fabricação de bebidas destiladas, especialmente quando produzidas em alambiques clandestinos. Para exposição ocupacional ao metanol é recomendado, segundo a NR-7, a dosagem na urina. O metanol é liquido incolor, volátil, com odor alcoólico.
O solvente é rapidamente absorvido pelas vias oral, respiratória e cutânea, sendo distribuído por todos os tecidos do organismo. A biotransformação da substância ocorre no fígado e envolve a enzima álcool desidrogenase. Sua meia-vida de eliminação pode variar entre 3 e 30 horas.
Quadro de intoxicação pode ter latência de várias horas. O metanol é irritante de mucosas e sua inalação pode levar a quadro de tosse. Provoca alterações visuais (visão turva e queda acuidade visual) bem como náuseas, vômito e dores abdominais. Leva à acidose na fase aguda do quadro. Apesar de o metanol ser um depressor moderado do sistema nervoso central e produzir, há longo prazo, alterações pulmonares, sua principal ação tóxica aguda se dá sobre o nervo óptico, podendo levar o indivíduo exposto à cegueira.
"