- Não é necessário preparo para este exame.

Sangue

- Centrifugar o material por 10 minutos a 2200g a 18 °C, no máximo 8 horas depois da coleta.
- Transferir todo o plasma, com pipeta estéril e evitando tocar a camada de leucócitos, para um tubo plástico de 4 mL estéril.
- Em casos de coleta difícil, o volume mínimo a ser enviado é de 1 mL de plasma.
- Enviar congelado à seção.

Estabilidade da amostra:
Temperatura ambiente: não aceitável;
Refrigerada (2-8 ºC): 8 horas;
Congelada (-20 ºC): 1 mês.

Urina:
- Transferir 4 mL, com pipeta estéril, para um tubo cônico plástico estéril.
- Enviar congelado à seção.

Estabilidade da amostra:
Temperatura ambiente: não aceitável;
Refrigerada (2-8 ºC): não aceitável;
Congelada (-20 ºC): 1 mês.

Sêmen:
- Enviar congelado à seção.

- Não é possível realizar os testes ESPERM e ZIKAVPCR NO SÊMEN no mesmo dia (material de uma única coleta não é suficiente para as duas técnicas). Caso haja as duas solicitações, colher primeiro o ESPERM e orientar o cliente a retornar depois de 48 horas para a coleta do ZIKAVPCR.

Estabilidade da amostra:
Temperatura ambiente: não aceitável;
Refrigerada (2-8 ºC): não aceitável;
Congelada (-20 ºC): 7 dias.

PCR em tempo real.

Limite de detecção do teste: 750 cp/mL
Limite de detecção do teste em sêmen: 500 cp/mL

Indetectável.

A infecção pelo vírus Zika está em processo de expansão por toda a América e Oceania. No Brasil o surto está em ampla disseminação.
A transmissão se dá principalmente pela picada de mosquitos do gênero Aedes, mas também são descritos a transfusão de sangue, a via sexual, a amamentação/transmissão perinatal. O período de incubação é de 7 a 10 dias e estima-se que cerca de 80% dos casos sejam assintomáticos/oligossintomáticos.
Quando existe um quadro mais típico a doença é bastante curta (3 a 5 dias) e cursa com febre (38oC), exantema leve e pruriginoso, artralgia, mialgia, cefaleia, dor retrorbitária.
Têm sido associados à infecção pelo vírus Zika a síndrome de Guillain-Barré em adultos e a microcefalia em fetos/recém-nascidos.
Não há alterações evidentes e constantes em outros exames laboratoriais e o diagnóstico costuma ser feito por técnicas moleculares (RT-PCR). Idealmente o material clínico deve ser plasma (até 7 dias), mas a pesquisa pode também pode ser feita na urina), em que a excreção viral é mais prolongada (até 20 dias). No sêmen o vírus foi identificado até 3 meses após os sintomas surgirem, o que indica potencial transmissão sexual do vírus